Boa produção e reabertura de exportações asiáticas favorecem oferta de arroz no mercado mundial

A recuperação da produção de arroz no Brasil e em outros países produtores indica uma expansão significativa da oferta global do grão em 2024/25. A safra brasileira, estimada em 12,1 milhões de toneladas, reflete aumento na área semeada e na produtividade, figurando entre as maiores dos últimos sete ciclos agrícolas, conforme dados do 3º Levantamento da Safra de Grãos da Conab.
O movimento é similar em países como Paraguai e Argentina, que também ampliaram suas áreas de cultivo. Segundo o USDA, a América do Sul deve atingir um recorde histórico de 18 milhões de toneladas de arroz na próxima safra. A Índia, por sua vez, projeta uma produção de 145 milhões de toneladas, favorecida pelas chuvas das monções.
Além disso, a reabertura das exportações asiáticas, como o anúncio da Índia sobre a retomada das vendas de arroz branco não-basmati, deve reforçar a oferta global, após mais de um ano de restrições que elevaram os preços internacionais ao maior patamar em 15 anos.
No mercado interno brasileiro, o período de entressafra e o cenário global pressionam os preços. Dados da Conab mostram uma redução de 13% no preço pago aos produtores em dezembro, enquanto o Cepea/Esalq/USP indica estabilidade nos preços apenas na última semana de monitoramento.
Para mitigar os impactos de possíveis quedas nos preços, o Governo Federal lançou leilões de Contratos de Opção de Venda (COV). O mecanismo oferece aos produtores o direito de comercializar o grão a um preço fixado previamente com o governo, funcionando como um seguro.
Nesta sexta-feira (20), a Conab disponibilizará 16.241 contratos de 27 toneladas cada, com vencimentos que variam conforme o estado produtor. O investimento federal para essas operações alcança R$ 1 bilhão, com previsão de aquisição de até 500 mil toneladas de arroz longo fino da safra 2024/25.
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