Bolsonaro critica Lula por pedido de inclusão do impeachment de Dilma na galeria de ex-presidentes

Polêmica envolve mudanças nas descrições dos ex-presidentes e comentários sobre história política recente do Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira (9) a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de incluir informações sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na galeria de ex-mandatários no Palácio do Planalto. Bolsonaro acusou Lula de tentar “mudar a história” e manipular fatos históricos para beneficiar narrativas políticas.
“O alçado ao poder, mais uma vez, questiona o processo legítimo e democrático do impeachment de Dilma (…), além da fabricação diária de fake news”, afirmou Bolsonaro em suas redes sociais. Ele também acusou o governo atual de promover censura e distorções históricas.
A declaração de Bolsonaro foi uma resposta à fala de Lula durante visita à galeria dos ex-presidentes. O petista criticou o fato de as legendas das fotos conterem apenas datas de nascimento e morte, defendendo a inclusão de informações detalhadas sobre os mandatos e eventos históricos relacionados.
Lula defende narrativa histórica
Lula argumentou que a história de cada ex-presidente deve ser contada de forma mais completa. Em relação ao impeachment de Dilma, afirmou:
“A Dilma foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, por um golpe. Depois esse aqui [Michel Temer] não foi eleito. Tomou posse em função do impeachment da Dilma.”
Sobre a foto de Jair Bolsonaro, Lula comentou:
“Depois esse aqui [Bolsonaro] foi eleito em função das mentiras. É isso que tem que contar.”
Contexto histórico
- Dilma Rousseff: Sofreu impeachment em 2016, após ser acusada de cometer crime de responsabilidade ao editar decretos de crédito suplementar sem autorização legislativa e atrasar repasses do Plano Safra. Ela foi a segunda presidente do Brasil a ser afastada desde a redemocratização, após Fernando Collor de Mello, em 1992.
- Michel Temer: Assumiu a presidência após o impeachment de Dilma. Questionado sobre os comentários de Lula, Temer limitou-se a afirmar que a declaração “não merece comentário”.
Repercussões políticas
A proposta de Lula reacendeu debates sobre o papel das narrativas históricas e a politização de fatos relevantes na história do Brasil. A iniciativa, que busca registrar os eventos de forma mais detalhada, foi criticada por opositores como uma tentativa de reescrever a história segundo interesses do governo atual.
A polêmica continua a dividir opiniões, destacando os desafios de equilibrar memória histórica e disputas políticas em um cenário de polarização.
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