Cachoeira do Sul | Comitiva da Prefeitura em Brasília gera críticas por exclusão e supostos gastos desnecessários

A recente viagem da comitiva da Prefeitura de Cachoeira do Sul a Brasília, liderada pela prefeita Angela Schuch, com o objetivo de buscar apoio para a instalação de uma faculdade de medicina na cidade, gerou desconforto nos bastidores políticos locais. O descontentamento foi alimentado pela exclusão do prefeito eleito, Leandro Balardin, da chamada “Comissão Pró-Medicina”. Balardin, que assumirá o comando do grupo a partir de 2025, optou por viajar com recursos próprios, evitando custos ao erário, enquanto membros da prefeitura que não integram a comissão foram incluídos na viagem oficial.
Nos corredores da Câmara de Vereadores, na sessão ordinária de hoje, 25 de novembro de 2025, a ausência de Balardin na comitiva foi duramente criticada nos corredores da câmara. Parlamentares questionaram a falta de um convite formal ao futuro prefeito, considerando a relevância do projeto para a próxima gestão e a continuidade das negociações em nível federal. Além disso, especulações de que alguns membros da comitiva estariam em Brasília com fins turísticos intensificaram as críticas.
“A instalação de uma faculdade de medicina é uma pauta prioritária e merece ser tratada com seriedade. A presença de membros alheios à comissão oficial levanta suspeitas sobre o uso eficiente dos recursos públicos”, comentou, em reserva, um vereador que não quis ser identificado.
A viagem, que deveria consolidar parcerias estratégicas, acabou ofuscada por questões políticas e administrativas, colocando em xeque a transparência e o foco das ações. A ausência de um balanço oficial sobre os custos e os resultados concretos da visita acentuou as preocupações.
Balardin, por sua vez, demonstra postura conciliadora, afirmando que esta em Brasília para reforçar a importância do projeto. “Estou comprometido com essa pauta essencial para o desenvolvimento de Cachoeira do Sul. O que importa é garantir que a cidade tenha êxito em suas demandas”, declarou antes de viajar.
A repercussão negativa reacendeu o debate sobre o uso de verbas públicas em deslocamentos de autoridades e sobre a necessidade de maior rigor na formação de comissões oficiais. A sociedade espera que as justificativas para a inclusão de servidores na viagem e os desdobramentos das tratativas em Brasília sejam amplamente divulgados, como forma de assegurar a legitimidade e o comprometimento com os interesses coletivos.
A prefeitura ainda não divulgou o nome dos membros da comissão que foi para Brasília.

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