Caso bolo de Torres: Detalhes sobre Envenenamento Familiar ainda são Investigados

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A investigação sobre o envenenamento de uma família em Torres, no Litoral Norte, ganha novos desdobramentos, com a polícia focada na análise do momento em que Deise Moura dos Anjos teria envenenado a farinha usada para a produção de um bolo, que resultou na morte de quatro pessoas.


Deise, de 42 anos, está presa temporariamente sob a suspeita de ser responsável pela morte de três familiares que consumiram o bolo em 23 de dezembro de 2024, durante uma confraternização. Além das mortes, outras três pessoas também comeram o bolo, mas sobreviveram, entre elas um menino de 10 anos e a sogra de Deise, Zeli Teresinha Silva dos Anjos, de 61 anos, que teria feito o bolo.

A investigação ganhou complexidade após a polícia exumar o corpo do sogro de Deise, morto em setembro de 2024. Inicialmente diagnosticado com intoxicação alimentar, a autópsia revelou que ele havia sido envenenado com arsênico, o mesmo veneno encontrado na farinha usada para fazer o bolo. A polícia agora trabalha para entender como o veneno foi introduzido na farinha e, consequentemente, no bolo.

Avanços e Novos Desdobramentos

Além das análises da farinha e do bolo, outro foco da investigação são os celulares apreendidos na casa de Deise. O aparelho atual da suspeita revelou buscas pela palavra “arsênio” e receitas de veneno inodoro e insípido. A polícia também encontrou trocas de mensagens em que Deise tentava dissuadir a família de investigar a morte do sogro.

Sobre o envenenamento do sogro, a polícia confirmou que Deise esteve na casa dele um dia antes da morte de Paulo, marido de Zeli. Ela levou alimentos como leite em pó e bananas, consumidos pelos dois no dia seguinte, antes de eles passarem mal.

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Análise de Celulares e Possíveis Novos Casos

Os investigadores também estão examinando outros celulares apreendidos na casa de Deise, além do atual. Esses dispositivos mais antigos podem fornecer mais informações sobre o caso. A delegada Sabrina Deffente afirmou que novos depoimentos estão sendo tomados, inclusive do marido de Deise, que ainda é tratado como testemunha.

A polícia também revelou que Deise fez compras de arsênico em quatro ocasiões durante os últimos cinco meses, sendo a última após a morte do sogro. O veneno foi adquirido de forma ilegal pela internet, e a polícia não descarta a responsabilização de quem vendeu o produto.

Novos Envenenamentos Sob Investigação

A delegada também indicou que há “fortes indícios” de que Deise tenha praticado outros envenenamentos, embora os detalhes sobre esses casos ainda não tenham sido confirmados. A polícia investiga se outras vítimas sobreviveram a envenenamentos e, caso algum caso resulte em morte, novos pedidos de exumação poderão ser feitos.

Defesa de Deise

A defesa de Deise afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito completo e aguarda a análise integral das provas. A defesa também enfatizou que a família tem colaborado com as autoridades desde o início da investigação.

A investigação segue em andamento, com a polícia concentrada na coleta de provas e no esclarecimento de todos os pontos que envolvem este caso que chocou o estado.


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