Construção de chalés do Projeto Casa Solidária gera denúncias de crime ambiental em Cachoeira do Sul

Desmatamento sem autorização é investigado pelo 2º Pelotão Ambiental da Brigada Militar.
Uma área de mata no Bairro Vila Nova, em Cachoeira do Sul, foi devastada com o uso de máquinas para viabilizar a construção de chalés do Projeto Casa Solidária, gerando denúncias ao 2º Pelotão Ambiental da Brigada Militar. A remoção das árvores ocorreu sem a autorização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, conforme apurado.
Policiais militares compareceram ao local, ao lado da sede do Botafogo, e constataram o desmatamento, mas os responsáveis pela intervenção, ligados à Prefeitura, não estavam mais presentes. Um levantamento detalhado será realizado para dimensionar a área afetada, identificar se houve derrubada de árvores nativas e avaliar eventuais danos à fauna.
Caso confirmados crimes ambientais, o caso será encaminhado à Polícia Civil e ao Ministério Público, e uma cópia será enviada à Secretaria de Meio Ambiente, que informou não haver licenciamento prévio ou de instalação para o local. “Em tese, esse desmatamento não poderia ser realizado”, destacou a secretaria, diferenciando entre limpeza superficial, como corte de grama, e a derrubada de árvores.
O terreno em questão faz parte de um projeto que prevê a construção de 50 casas destinadas a famílias atingidas pela superenchente de maio. O plano é intermediado pela cachoeirense Cintia Marques junto ao Instituto de Desenvolvimento Pecuário, em parceria com o cantor Sorocaba. Segundo Marques, o acordo estabelece que a Prefeitura entregue a área pronta, com infraestrutura básica de água e energia elétrica, para o início das obras.
O 2º Pelotão Ambiental segue investigando para determinar a extensão dos danos e possíveis responsabilizações, enquanto a polêmica ambiental traz um novo foco de discussão para o planejamento e execução do projeto habitacional.
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