Denúncia de negligência no atendimento de paciente no Hospital de Cachoeira do Sul

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Familiares alegam descaso na realização de procedimento médico urgente, expondo falhas graves no sistema de saúde.

Uma grave denúncia foi feita por Iara Pereira, cunhada do paciente Militão Lemes, que está internado há 11 dias no Hospital de Caridade e Beneficência de Cachoeira do Sul. Segundo Iara, Militão apresenta quadro delicado de saúde, com histórico de infartos e sintomas de agravamento que incluem dores intensas no peito, perda de apetite e mobilidade reduzida na perna direita. Apesar da necessidade urgente de um cateterismo, o procedimento não foi realizado até o momento.

De acordo com a denúncia, a equipe do hospital alega que o paciente está estável e que a demora se deve à indisponibilidade de vagas ou problemas com equipamentos em outros centros especializados, como Santa Cruz do Sul. Entretanto, a família contesta essa informação, afirmando que Militão não está em condições estáveis e que sua saúde está se deteriorando rápida e visivelmente.

Iara também relata negligência por parte do cardiologista responsável, identificado como doutor Gustavo, que teria deixado de visitar o paciente durante suas rondas no hospital. Segundo ela, mesmo após horas de espera, não houve atendimento adequado. Ademais, a acompanhante do paciente não recebeu as refeições previstas pelo Estatuto do Idoso, agravando ainda mais a situação.

“Já recorremos ao deputado Airton Lima para intervenção, mas não houve avanço. Nos disseram que em todo o Rio Grande do Sul não há uma máquina ou vaga disponível para o procedimento. Isso é inaceitável. Hoje pela manhã, duas pessoas faleceram aguardando o mesmo procedimento que meu cunhado precisa. Não vou deixar que ele seja mais uma vítima dessa negligência,” desabafou Iara.

A família pede providências urgentes e reforça o apelo para que a situação de Militão seja resolvida antes que haja consequências irreparáveis. Procurado, o hospital ainda não se manifestou sobre as denúncias. O caso também levanta questionamentos sobre a capacidade do sistema de saúde público em atender emergências e o papel das lideranças políticas em fiscalizar e cobrar melhorias.

Reportagem: Glauber Fernandes

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