Duplicação da RS-287 avança e promete impacto significativo para cidades da região central do RS
As obras de duplicação da RS-287, rodovia estratégica que conecta Porto Alegre ao centro do Rio Grande do Sul, já começaram a transformar a dinâmica de trânsito e a expectativa dos moradores das cidades que dependem dessa via. Os primeiros trechos, localizados em Tabaí e Santa Cruz do Sul, têm conclusão prevista para agosto de 2025, mas os impactos da intervenção já são perceptíveis.
Obra estratégica para a região central
Com 204 quilômetros de extensão, a duplicação da RS-287 promete facilitar a mobilidade e impulsionar o desenvolvimento em cidades como Santa Maria, Candelária, Paraíso do Sul, Novo Cabrais e Venâncio Aires. Estas localidades, marcadas pelo fluxo intenso de veículos e uma economia fortemente conectada à logística da rodovia, aguardam melhorias há mais de uma década.
— O fluxo de veículos cresceu significativamente nos últimos anos, principalmente entre Santa Cruz e Venâncio Aires. Estamos ansiosos para que a duplicação avance no cronograma previsto, afirmou Gilson Becker, prefeito de Vera Cruz e presidente do conselho de usuários da RS-287.
Além de melhorar a segurança e a fluidez do trânsito, a obra é vista como um marco na infraestrutura da região, sobretudo após os danos causados pelas enchentes recentes, que destruíram pontes e trechos da estrada.
Etapas e cronograma
Os primeiros trechos em execução incluem:
– Km 28 ao 30, em Tabaí: Limpeza de terreno, construção de pista duplicada e passarela de pedestres.
– Km 101 ao 105, em Santa Cruz do Sul: Substituição de solo, construção de desvios e instalação de sistemas de drenagem.
Até 2027, a meta é duplicar 70 quilômetros, chegando a 128 quilômetros até 2030. A totalidade da obra, incluindo intervenções em pontes e implementação de vias marginais, passarelas e rótulas, está prevista para ser concluída até 2041, com investimento estimado de R$ 3,7 bilhões pela concessionária Rota de Santa Maria.
Impactos para os municípios centrais
Cidades como Paraíso do Sul e Candelária, marcadas por pedágios de alto volume (5,5 mil e 8,5 mil veículos por dia, respectivamente), devem sentir reflexos diretos na logística de transporte e no cotidiano dos moradores. As intervenções visam não apenas atender ao crescimento do tráfego, mas também reduzir acidentes fatais, como relatado por Sônia Ferreira, moradora de Tabaí.
— Depois das 17h, atravessar a rodovia é um desafio. A duplicação é essencial para evitar tragédias e promover o progresso, afirmou a agente de saúde, que já percebe mudanças na região com a chegada das máquinas.
Com a concessão à iniciativa privada, a rodovia também será palco de inovações em resiliência climática, visando prevenir danos como os observados após o desastre de maio deste ano.
Uma rodovia para o futuro da região central
A duplicação da RS-287 é mais que uma obra de infraestrutura; trata-se de um projeto de integração regional que promete reduzir desigualdades logísticas entre a capital e o interior. A expectativa é de que a conclusão dos primeiros trechos seja apenas o início de uma transformação histórica para as cidades da região central do Rio Grande do Sul.
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