Denúncia expõe esquema de fraude em hidrômetros da Corsan com multas abusivas e premiações por produtividade

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CORSAN HIDROMETRO

POLÍCIA | Esquema revelado teria o objetivo de forçar multas e trocas de equipamentos, gerando prejuízos aos consumidores.

Uma grave denúncia revelou um suposto esquema de manipulação de hidrômetros envolvendo funcionários terceirizados da Corsan, atualmente sob administração da Aegea, na Região Metropolitana de Porto Alegre, com foco principal no município de Canoas. De acordo com relatos apresentados no programa Cidade Alerta, da Record Guaíba, a prática tinha como finalidade impor multas e forçar trocas de equipamentos, impactando financeiramente os consumidores.

A denúncia partiu de um dos próprios funcionários terceirizados, que divulgou um vídeo detalhando o suposto esquema. O conteúdo rapidamente viralizou nas redes sociais. Segundo o denunciante, as equipes eram orientadas a identificar de três a quatro fraudes diárias. Um sistema de ranking e premiação financeira estaria em vigor para os trabalhadores que aplicassem mais multas. Entre as irregularidades apontadas, destacam-se a remoção proposital de componentes internos dos hidrômetros para criar “provas” que justificassem multas de até R$ 1.800,00 e a imposição de trocas de equipamentos, resultando em cobranças adicionais de R$ 800,00.

A repercussão do caso provocou reações no meio político. O vereador de Gravataí, Áureo Tedesco (MDB), anunciou que apresentará um requerimento na Câmara Municipal para que a Corsan preste esclarecimentos e para que as investigações sejam acompanhadas de perto.

Em nota oficial, a Corsan informou que iniciou uma apuração interna sobre os fatos denunciados. “A Corsan não compactua com qualquer desvio de conduta. Os fatos mencionados estão sendo apurados e, caso sejam comprovadas irregularidades, serão tomadas as medidas cabíveis”, declarou a companhia. Além disso, orientou os consumidores a denunciarem possíveis irregularidades pelos canais de atendimento: telefone 0800 646 6444 ou WhatsApp (51) 99704-6644.

O caso traz à tona questionamentos sobre a fiscalização dos serviços prestados pela Corsan após sua privatização e reforça a importância da atenção dos consumidores para cobranças indevidas.

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