Preso na Argentina o traficante mais procurado do RS.

ESTADO | Fábio Noia, de 41 anos, é apontado como exportador de drogas e líder de facção criminosa com atuação internacional.

Foi preso na noite de sexta-feira (1º), em Buenos Aires, na Argentina, o traficante mais procurado do Rio Grande do Sul. Fábio Noia, de 41 anos, estava foragido há mais de dois anos e é apontado pela Polícia Civil como liderança de uma organização criminosa com base no Vale do Sinos, com ramificações nacionais e internacionais.

A ação que resultou na captura do criminoso foi coordenada por agentes da Delegacia de Capturas (Decap), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio da Polícia Federal brasileira e da Polícia da Província de Córdoba, na Argentina.

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Segundo as autoridades, Noia fugiu após romper uma tornozeleira eletrônica em fevereiro de 2023, poucos meses depois de ter recebido autorização para utilizar o equipamento de monitoramento. Desde então, era considerado o principal alvo da segurança pública gaúcha.

Investigadores afirmam que, durante o período em que esteve foragido, Fábio Noia circulou por países vizinhos e chegou a se estabelecer em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. De lá, teria iniciado operações de exportação de drogas com destino à Europa.

Ainda conforme a Polícia Civil, o criminoso mantinha aliança com o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país, o que teria ampliado o alcance e a logística de suas ações.

Natural de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Fábio Noia entrou no radar das autoridades em 2007, por envolvimento em assaltos a bancos e carros-fortes. Segundo a Polícia Civil, os lucros desses crimes foram usados para financiar sua entrada definitiva no tráfico de drogas, em meados de 2010.

Um ano depois, Noia já era suspeito de participar da execução de um rival no bairro Mathias Velho. Após esse episódio, passou a dominar mais de 60 pontos de venda de drogas na cidade, de acordo com investigações da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas.

Além de já ter sido indiciado por homicídios e lavagem de dinheiro, ele acumula 16 anos de condenações por tráfico e roubo majorado.

Fábio Noia agora deve ser extraditado ao Brasil, onde enfrentará as pendências judiciais e responderá por novos crimes cometidos durante o período em que esteve foragido.

A Polícia Civil classificou a prisão como um duro golpe na estrutura de uma das mais perigosas redes criminosas do sul do país.