Produção de carne de frango no Brasil deve atingir 14,2 milhões de toneladas em 2025

Projeções apontam aumento na produção e consumo per capita, mas desafios permanecem no setor avícola.
Estudos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea Esalq/USP) indicam que a produção brasileira de carne de frango deve alcançar 14,2 milhões de toneladas em 2025, um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior. A demanda interna também segue tendência de alta, com previsão de consumo per capita de 46,6 quilos, um aumento de 1,9%, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Influenza aviária e exportações
O Cepea alerta que essas projeções positivas estão condicionadas à ausência de surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em granjas comerciais brasileiras. O Brasil mantém, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), o status de país livre da doença, fundamental para a confiança do mercado internacional.
Outro ponto crítico é o monitoramento dos conflitos no Oriente Médio, região estratégica para as exportações brasileiras de carne de frango Halal. Apenas entre janeiro e novembro de 2024, o Brasil exportou 425 mil toneladas para os Emirados Árabes Unidos, consolidando-se como o maior fornecedor global desse produto.
Cenário no Rio Grande do Sul
Apesar do crescimento nacional, o Rio Grande do Sul enfrenta desafios específicos. O estado ainda lida com os impactos da enchente de abril e maio de 2024 e a repercussão de um surto de doença de Newcastle no município de Anta Gorda, no Vale do Taquari. Embora o fim da enfermidade tenha sido reconhecido pela Omsa em outubro de 2024, esses fatores contribuíram para uma redução de 5,25% nas exportações de carne de frango gaúchas entre janeiro e novembro de 2024, comparado ao mesmo período de 2023.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, as condições climáticas adversas e questões sanitárias no estado foram determinantes para essa queda.
Perspectivas para 2025
A avicultura brasileira segue otimista, mas os desafios exigem estratégias robustas para manter a competitividade. Monitorar doenças, fortalecer medidas de biossegurança e acompanhar a instabilidade internacional são pontos essenciais para consolidar o avanço do setor no próximo ano.
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