PT cancela filiação de Pablo Marçal e influenciador acusa sabotagem

Marçal alega manipulação e promete acionar a Justiça para anular o registro

O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou nesta quinta-feira (28) o cancelamento do registro de filiação do influenciador Pablo Marçal. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marçal, que disputou a Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, foi filiado à sigla de Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29 de setembro, durante o período de campanha eleitoral. Apesar do cancelamento informado pelo partido, o sistema do TSE ainda aponta Marçal como membro do PT.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Marçal declarou que acionará a Justiça para anular o registro, alegando que a situação foi “manipulação orquestrada” para prejudicar sua ascensão nas pesquisas. “Estão desesperados com meu crescimento e querem eliminar a concorrência para 2026”, afirmou.

Plataforma de filiação aberta

Segundo o PT, os dados de Marçal foram inseridos em uma plataforma online do partido que permite filiações de forma totalmente digital. O sistema exige informações como nome completo, título de eleitor, CPF e endereço, que podem ser obtidas no banco de dados do TSE, dado que Marçal foi candidato nas eleições de 2022 e 2024.

Disputa eleitoral e futuro político

Marçal ficou em terceiro lugar na eleição para prefeito de São Paulo, alcançando 28,14% dos votos, após uma campanha marcada por ataques a Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Ele já expressou interesse em disputar a presidência ou o governo de São Paulo em 2026 e negocia sua filiação ao União Brasil. Tanto o influenciador quanto Antonio Rueda, presidente da legenda, confirmaram as conversas, mas evitam oficializar um acordo.

O caso levanta questões sobre a segurança de plataformas de filiação partidária e suas implicações no cenário político, especialmente diante de disputas acirradas.

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