Cachoeira do Sul está entre os alvos da Operação Desarme

Operação investiga desvios de armas e munições por CACs para o crime organizado
Cachoeira do Sul integra uma lista de 35 cidades, sendo 34 no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina, que estão no foco da Operação Desarme, liderada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS). A ação mira colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) suspeitos de desviar armas e munições para facções criminosas.
A operação busca coibir fraudes na concessão de registros para CACs, que, mediante falsas declarações de idoneidade, adquiriam armamentos e munições legalmente, mas repassavam os itens para o crime organizado. Entre os investigados, há criminosos com antecedentes por tráfico, homicídio e outros delitos, alguns já presos ou monitorados por tornozeleira eletrônica.

Resultados preliminares
Até às 9h desta terça-feira, havia um preso em flagrante por porte ilegal de armas, além de 90 munições, mais de 60 armas, um drone e documentos apreendidos. Informações específicas sobre as ações em Cachoeira do Sul ainda não foram divulgadas.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nove CACs investigados possuem fortes indícios de ligação com facções criminosas no RS. Outros 32 estão envolvidos em fraudes e irregularidades com o Exército Brasileiro (EB).
Foram cumpridos 82 mandados de busca e apreensão, incluindo ações em quatro presídios, com auxílio de cães farejadores. A operação conta com mais de 360 agentes, em colaboração com o Ministério Público Militar da União (MPM), Brigada Militar e Susepe.

O impacto da operação
O promotor André Dal Molin, do Gaeco, destaca a importância da retirada de circulação de centenas de armas em situação irregular. O coordenador do 8º Núcleo Regional Gaeco, promotor João Afonso Beltrame, reforçou que a investigação identificou vínculos entre os investigados e facções criminosas, que aumentavam seu poderio bélico com as armas obtidas.
O material apreendido será armazenado em unidades do Exército e ficará à disposição do Ministério Público. Segundo o coronel Nei Altieri, do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados, irregularidades detectadas nos registros levaram ao cancelamento de certificados.
Cidades-alvo
Entre as 35 cidades com mandados judiciais cumpridos estão Porto Alegre, Santa Maria, Passo Fundo, Gravataí, Canoas, Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul e Bombinhas (SC), entre outras.
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