Moraes prorroga inquérito das fake news por mais 180 dias para aprofundar investigações

Decisão amplia apuração sobre o gabinete do ódio, mas levanta críticas sobre a longa duração sem conclusões definitivas.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prorrogação do inquérito das fake news por mais 180 dias. A medida, divulgada nesta segunda-feira (16), busca aprofundar as investigações sobre a disseminação de conteúdos falsos na internet e ataques a ministros e instituições. Moraes também determinou que mais 20 pessoas sejam ouvidas, com foco no chamado gabinete do ódio, que teria atuado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo as investigações, o grupo, supostamente formado por aliados do ex-presidente, teria operado até mesmo dentro do Palácio do Planalto, espalhando desinformação e ataques direcionados a adversários políticos e instituições democráticas.
Críticas à duração do inquérito
Aberto em 14 de março de 2019, por iniciativa do então presidente do STF, Dias Toffoli, o inquérito já superou seu prazo inicial, previsto para encerrar em janeiro de 2020. Desde então, sucessivas prorrogações têm levantado questionamentos sobre a demora em apresentar resultados mais concretos ou provas contundentes.
Especialistas e críticos do caso apontam que, apesar da relevância do tema e da necessidade de proteger as instituições, a ausência de conclusões definitivas e a extensão contínua do inquérito podem gerar insegurança jurídica. Argumentam, ainda, que o prolongamento excessivo pode dar margem a interpretações de que as investigações estejam sendo conduzidas de forma imprecisa ou excessivamente lenta.
Por outro lado, defensores do inquérito ressaltam que a complexidade do caso, envolvendo estruturas digitais amplas e articuladas, justifica a ampliação dos prazos.
Com a nova prorrogação, a expectativa é de que o STF consiga avançar na identificação de responsáveis e esclarecer a atuação do gabinete do ódio.
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