Operação Desarme: apreendido artefato explosivo e 91 armas em investigação contra fraudes de CACs no RS

Ministério Público atua para combater desvio de armamentos destinados a organizações criminosas.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e o Ministério Público Militar (MPM) deflagraram, na terça-feira (17), a “Operação Desarme,” que investiga fraudes em registros de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) no Estado. Durante a ação, realizada em 34 cidades do Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina, um artefato explosivo antitanque foi apreendido em Três de Maio, em uma das residências alvos dos mandados de busca e apreensão.
Apreensões e desdobramentos
Até a tarde de quarta-feira (18), a operação já havia resultado na apreensão de:
- 91 armas de fogo;
- 2.100 munições;
- Materiais como pólvora, espoletas e documentos;
- Quatro prisões em flagrante.
O artefato explosivo foi localizado na casa de um CAC que também possuía 12 armas de fogo. Por questões de segurança, o material foi detonado em uma lavoura, em operação conduzida pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Brigada Militar, com apoio do SAMU e dos Bombeiros.
Fraudes investigadas
Segundo o coordenador da operação, promotor de Justiça João Afonso Beltrame, criminosos usavam falsas declarações de idoneidade para obter registros do Exército Brasileiro (EB) como CACs, o que lhes permitia adquirir armamentos. Esses itens eram repassados a facções criminosas, ampliando sua capacidade de ação.
Foram identificados nove CACs com indícios de ligação com facções e outros 32 indivíduos investigados por irregularidades nos registros. Além de armas e munições, documentos e celulares foram apreendidos para reunir mais provas.
“A investigação continua. Este material será essencial para compor a denúncia à Justiça,” afirmou o promotor Beltrame.
Alvo estratégico
Ao todo, foram cumpridos 82 mandados de busca e apreensão, inclusive em quatro casas prisionais, com a participação do Exército Brasileiro, Brigada Militar e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
A operação marca o início de uma investigação que promete desarticular a utilização irregular do status de CAC para o favorecimento de atividades criminosas, comprometendo a segurança pública no Rio Grande do Sul.
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