Abertura Oficial da Colheita do Arroz no RS: Expectativa de 16 mil visitantes e desafios da recuperação após enchente

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MST-inicia-colheira-do-arroz-orgânico-no-RS.-Divulgação-MST

RURAL | Evento em Capão do Leão abordará o futuro da produção de alimentos no Pampa Gaúcho, com presença de 50 empresas e 40 vitrines tecnológicas

Faltam pouco mais de 30 dias para a Abertura Oficial da Colheita do Arroz 2025 no Rio Grande do Sul, marcada para acontecer entre 18 e 20 de fevereiro, em Capão do Leão. As estruturas começam a ser montadas esta semana na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, e a expectativa é atrair 16 mil visitantes. O evento terá como tema “Produção de Alimentos no Pampa Gaúcho: Uma visão de futuro” e contará com a presença de 50 empresas e instituições.

Desafios pós-enchente e o impacto na produção

A área plantada no estado, conforme dados da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), deve ser apenas 3% maior do que no ciclo anterior, apesar da projeção inicial de 7%. O impacto da histórica enchente do ano passado, que devastou especialmente a região Central do Estado, foi o principal fator para essa redução. Alexandre Velho, presidente da Federarroz, relatou os graves problemas enfrentados pelos produtores da região, como erosão e destruição de propriedades, que dificultam a recuperação.

“É a região mais atingida pela enchente. Tem erosão e locais que os rios invadiram, abrindo crateras no meio das propriedades”, disse Velho, acrescentando que a recuperação pode levar de três a cinco anos, em um cenário otimista.

A Federarroz, em solidariedade aos afetados, arrecadou R$ 300 mil para a compra de óleo diesel, distribuído entre os produtores da região. A monocultura é predominante nesses municípios, o que agrava a situação.

Projeção de área plantada e destaque da região Central

O Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) divulgou que foram semeados 927.888 hectares de arroz irrigado no estado, atingindo 98% da área planejada. Na região Central, contudo, o índice de plantio ficou em 85%, refletindo as dificuldades enfrentadas devido aos danos causados pelas enchentes.

Tecnologia e futuro da agricultura no evento

Durante os três dias de evento, o foco será em inovações tecnológicas para a lavoura de arroz. As 40 vitrines tecnológicas ocuparão seis hectares e abordarão temas como rotação de culturas e gestão econômica e financeira dos negócios rurais. Alexandre Velho enfatizou a importância do evento, que é considerado o maior dia de campo do Rio Grande do Sul, para que o produtor gaúcho siga competitivo e sustentável no setor agrícola.

O Rio Grande do Sul, com 70% da produção nacional de arroz, é o principal responsável pela oferta do cereal no Brasil. Cerca de 200 municípios gaúchos têm sua economia centrada na lavoura de arroz, essencial para a manutenção de milhares de empregos e a dinâmica econômica do estado.

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