Prisão Domiciliar de Edelvânia Wirganovicz Revogada Pelo STF

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Edelvania foi condenada no caso Bernardo Foto André Ávila CP Memória

Edelvania foi condenada no caso Bernardo | Foto: André Ávila

POLÍCIA | Decisão revogou prisão domiciliar da apenada, que agora deve retornar ao regime semiaberto.

Em decisão divulgada nesta terça-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin determinou a revogação da prisão domiciliar de Edelvânia Wirganovicz, condenada por envolvimento na morte de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos. A apenada deverá retornar ao regime semiaberto, após reclamação da Procuradoria de Recursos do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que argumentou que Edelvânia ainda tem 50% da pena a cumprir e, por isso, não poderia usufruir de prisão domiciliar.

A revogação da medida invalida uma decisão de 2023 da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Porto Alegre, que havia autorizado o uso de tornozeleira eletrônica para a apenada. Na ocasião, a justificativa para a concessão da prisão domiciliar foi a falta de vagas no sistema penitenciário.

Edelvânia Wirganovicz foi condenada a 22 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ela foi uma das envolvidas na morte do menino Bernardo, que morreu por overdose de sedativos. Junto com Graciele Ugulini, madrasta da vítima, Edelvânia foi sentenciada, sendo ambas acusadas de participação no crime.

O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, também condenado, teve sua pena anulada em 2021, mas foi novamente condenado em 2023, obtendo progressão para o regime semiaberto. Atualmente, ele cumpre sua pena em Santa Maria.

A defesa de Edelvânia, representada pelo advogado Jean Severo, lamentou a decisão do STF. Em nota, o advogado destacou que sua cliente corre risco de morte no regime semiaberto e culpou o Ministério Público do RS por impor um sofrimento adicional à apenada.

O caso de Bernardo, desaparecido em março de 2014 e encontrado morto dias depois, gerou grande repercussão. A investigação concluiu que a morte do menino foi articulada pelo pai e madrasta, com o auxílio de Edelvânia, amiga de Graciele.

Além de Edelvânia, o irmão dela, Evandro Wirganovicz, também esteve envolvido no crime e foi preso por sua participação na ocultação do cadáver. Graciele Ugulini, por sua vez, segue presa em regime fechado, com possibilidade de progressão para o regime semiaberto em 2026.

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